Selo de Qualidade AMPAQ

Análise de Qualidade para o Selo AMPAQ  evita transtornos e promove a Cachaça no ranking de destilados internacionais

Por Fabiano Assunção

 

O público-alvo consumidor da Cachaça tem se ampliado e também se especializado, incorporando já contumazes consumidores de whiskys, brandys, tequilas e até mesmo vinhos e cervejas, que já possuem consolidados critérios de qualidade sensorial, em função da internacionalização destas bebidas e agora é o momento da Cachaça, que tem conquistado novos apreciadores tanto internamente quanto no exterior.

AMPAQ LogoO mercado em expansão da Cachaça de Alambique, detentora de identidades sensoriais únicas e peculiares, exige maior rigor para que possa competir de igual para igual com outros destilados internacionalizados ao gosto dos consumidores, não pela bebida e sim pelos produtores.

Desde que implementada em maio, com o treinamento dos integrantes da CAF (Comissão de Auto Fiscalização), a nova metodologia de análise sensorial para o Selo de Qualidade AMPAQ (Associação Mineira dos produtores de Cachaça de Qualidade), tem possibilitado aos avaliados obterem laudos e pareceres mais detalhados de suas cachaças, fornecendo dados estratégicos aos produtores e assim, permitindo estes ajustarem os métodos e técnicas de suas equipes de alambiqueiros, blenders e responsáveis técnicos para zelarem a contento pela qualidade e identidade de seus produtos.

A abrangência da análise parte desde aos critérios legais vigentes, a aspectos técnicos das portarias do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) e também padrões internacionais de análise de qualidade sensorial em destilados.

As análises realizadas previnem em primeiro momento, os produtores alertando os previamente para inconformidades legais e técnicas que possam existir com seus produtos, podendo, desde então, serem solucionados preventivamente, evitando possíveis transtornos futuros perante a fiscalização Federal e Estadual, como suspensões, perda de registro, multas, apreensões e até mesmo processos judiciais.

Em seguida, as análises descrevem e pontuam categoricamente a gama de aromas presentes, a palatabilidade com suas peculiaridades e apresentação do produto se o conteúdo condiz com o rótulo, tendo estes dados relatados em apresentações gráficas e descritivas. Caso haja itens fora dos parâmetros, os mesmos serão anotados acompanhados de recomendação técnica ao produtor. Os relatórios servem também como ferramenta para nortear a padronização de lotes para uniformizar a identidade sensorial vinculada à marca.

Com o avanço do novo método e apoio dos produtores, será possível no futuro que a CAF visite os produtores avaliados para uma assessoria mais pontual no compromisso de qualificação da Cachaça Mineira e ao consumidor a garantia de um produto que honra o rótulo, a marca e claro, a qualidade com a chancela do selo AMPAQ.

 

Fabiano Assunção – Biólogo, Especialista em Biotecnologia e Produção,  Gestão de T.I., MBA Gestão Ambiental.

Mestre Alambiqueiro, Master Blender e Cachacier do Alambique Magos de Minas. Integrante do CAF-AMPAQ.

Fonte: Jornal Cachaça com Notícias Nº 43, p.16-17 – www.ampaq.com.br

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